
"O desejo de fazer cinema sempre existiu. O que não tinha eram convites", contou Cauã à coluna de Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo".
Só em 2009, o galã atuou em três produções nacionais. "Divã", de José Alvarenga Jr., "À Deriva", de Heitor Dhalia, e "Se Nada Mais Der Certo", de Eduardo Belmonte. "Quando você faz TV e não começou no teatro nem no cinema, é mais difícil virem os convites para os bons projetos", revelou.
Na época de "Malhação", Cauã chegou a cobrar para aparecer em festas de três cidades diferentes para conseguir dinheiro. "Várias vezes, o motorista pegava no sono e eu tinha que assumir a direção", lembrou. Hoje, ele ganha R$ 30 mil para ir a um camarote no Carnaval.
Cauã renovou seu contrato com a Rede Globo depois de "A Favorita", no início de 2009. Agora ele filma como Murilo, um DJ gay das noites de São Paulo.
Durante uma de suas visitas a points GLS da cidade, para se preparar para o personagem, o ator foi parado por um casal gay que fez um pedido. "Ele me disse: 'Sou homossexual e trabalho no mercado financeiro. Retrata a gente legal, não vai fazer uma bichinha quá, quá, hein?'. O cara me deu a maior enquadrada!", falou.
Em as filmagens de "Estamos Juntos", Cauã teve que protagonizar uma cena sensual com o argentino Nazareno Casero, de quem acabou ficando amigo. "Isso facilitou. Eu falava 'vou te tocar' e ele respondia: 'Pode tocar, Cauá [imitando o sotaque]'. Foi homofobia zero. Quem é muito bem resolvido sexualmente não sofre com isso. Quando a pessoa está na dúvida é que fica com medo de despertar algum sentimento", disparou.
A namorada
Poucas vezes Cauã Reymond fala sobre a namorada, Grazi Massafera, mas desta vez ele não escapou. "A gente tenta manter a relação o mais longe possível [da mídia]", justificou.
"Já que você mencionou a Grazi, uma das coisas que prefiro falar sobre a minha mulher é que ela me trouxe calma e mais religiosidade", contou Cauã, que é católico.
Diferente de seu antigo relacionamento com Alinne Moraes, Cauã prefere não misturar seu trabalho com o de Grazi. "Não vou te dizer que, daqui a pouco, se a gente tiver vários filhos e estiver há dez anos casados, que não vamos fazer. Mas trabalhamos muito bem por conta própria", afirmou.
Carreira
Há sete anos trabalhando na Rede Globo, Cauã não quer nem ouvir proposta da Record. Ele diz que anda "muito bem" com a emissora carioca. "Mas é aquele caso: respeito quem foi. Acho que tem bons atores na Record. Gosto muito do trabalho do Marcelo Serrado", declarou.
Cauã estreou no cinema em 2006, no filme "Ódiquê", no qual não cobrou cachê. O mesmo aconteceu em "Reis e Ratos", ainda inédito. "Com cachê simbólico, foram praticamente todos", como em "Se Nada Mais Der Certo", rodado em 2007 e lançado neste ano.
Falando neste filme, o ator classifica a produção como um "divisor de águas" na sua carreira. "Eu me lembro de um momento, na preparação com o Zé [o diretor José Eduardo Belmonte], em que comecei a ter medo de fumar [para o papel], encarar um personagem brocha e entrar no fracasso que ele vivia. O Zé me disse: Vem comigo que você vai voltar melhor"
Fonte: Famosidades
Marcadores: