



Clara (Mariana Ximenes) fez a cabeça de Danilo (Cauã Reymond) e ele aceitou conversar com Agnello (Daniel de Oliveira) visando à felicidade de Stela (Maitê Proença).

O italiano vai até a clínica de reabilitação para explicar suas intenções com a a mãe do ciclista:
"Io nunca podia imaginar que la Stela era la madre de Lorena (Tammy Di Calafiori)! Lo giuro! L’ única coisa que quero é viver in pace com la tu’famiglia! Questo é l’único jeito de io poder casar com la tu’ mamma."
"Olha, cara. Eu não quero julgar a minha mãe. Nem julgar você por isso tudo que aconteceu. Por que eu fui muito julgado por causa do meu problema com a droga. Tudo bem. Vou falar com meus irmãos, vamos ver se eles aceitam vocês, você com a minha mãe."Danilo apoia Agnello, pois acredita no amor entre a mãe e o italiano e promete ajudá-lo: Os dois selam a nova amizade com um abraço. A cena você confere nesta terça-feira, 28/12




Após descobrir que Stela (Maitê Proença) se entregou à polícia para protegê-lo, Danilo (Cauã Reymond) fica muito confuso e sai de casa apressado. Ele caminha por ruas desconhecidas com pessoas drogadas por todos os lados.
Um traficante se aproxima e pergunta o que Danilo está procurando.
"Pedra vai?", o ciclista pede.

Nervoso, Danilo pega o dinheiro no bolso, dá ao traficante e pega as pedras.
A cena vai ao ar nesta quinta-feira, 23/12. Não perca
Foto: Robert SchwenkCASADO NA VIDA E SEPARADO NO TRABALHO

Confira abaixo a entrevista completa:
iG Gente - Como foi a preparação para viver o drogado Danilo em “Passione”?
Cauã Reymond - Foi um desafio enorme, que demandou bastante pesquisa. Na verdade, esse personagem me exigiu duas preparações: uma para a fase ciclista e a outra para o dependente químico. Para tratar o problema das drogas, eu freqüentei reuniões dos narcóticos anônimos, fui a clínicas de reabilitação e passei uma tarde na cracolândia, em São Paulo. Além disso, tenho um psiquiatra, o dr. Márcio Barbeito, para me ajudar nas cenas. Antes de gravar, ensaiamos para ele ver se está de acordo. Até porque é muito difícil encontrar a pessoa no ato da droga.
iG Gente – Você usou algum filme para se inspirar?
Cauã Reymond - Já tinha visto alguns filmes que tratam sobre como a pessoa age quando consome a droga. O “Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída”, mostra os olhinhos dela virando quando usa heroína. Em “Coisas que perdemos pelo caminho”, o personagem do Benicio Del Toro toma metanfetamina, e “Pulp Fiction” mostra o personagem sob efeito do pó. Mas não tem nenhum filme mostrando a doideira do crack.
iG - Como foi a experiência de visitar a cracolândia?
Cauã Reymond - É uma experiência impressionante. A sensação que tive foi de que o usuário não é o senhor de si mesmo. Acho que a única pessoa sã, naquele lugar, é o traficante. O usuário vira um zumbi. Dorme ao lado de onde defeca. Eu também pesquisei o assunto em sites internacionais, mas o perfil é diferente do daqui. Nos Estados Unidos, o crack ficou em um setor muito restrito da sociedade. Quem usa ou é muito pobre ou conhece muito a droga e quer provar. No Brasil, o crack afetou tanto as camadas sociais mais baixas como as mais altas. Acho que é pela falta de informação e de ignorância do povo.

Cauã Reymond - Às vezes eu fico com insônia. Quando fazemos um personagem conturbado, é normal não dormir bem. Também tive isso quando fiz o filme “Se Nada mais der Certo”, de José Eduardo Belmonte. Tento tomar um banho de sal grosso e ver um filme.
Cauã Reymond - Acho que o Brasil não está preparado para legalizar. Falta estrutura. Temos ganhado batalhas contra a droga, como a tomada do Complexo do Alemão, no Rio. É uma vitória para a sociedade brasileira e para a carioca. Mas acho que para isso acontecer, temos que nos organizar melhor. Não adianta citar a Holanda como exemplo, é um país é tão pequeno, tão mais fácil de controlar as coisas. Enquanto não tivermos um preparo jurídico e a população não ter consciência do que está acontecendo, eu não sou a favor da legalização.
iG - Para fazer o Danilo, você deixou a barba e as unhas crescerem. Até aonde você iria para se adequar a um papel?
Cauã Reymond – Até agora, tudo que me pediram eu consegui fazer. Mas, depois da cirurgia que fiz no quadril, não vou poder engordar para um personagem. Meu médico me disse que eu tenho que ficar para sempre magro. Tinha lido um roteiro de um filme em que precisaria engordar, mas ele vetou. É uma limitação, né?
iG – Você, como tantos outros, começou na TV em "Malhação". O que acha que fez de diferente para estar agora na sua nona novela e ter feito dez filmes, enquanto outros tantos sumiram?
Cauã Reymond - Acho que eu não tive férias (risos)... Eu trabalho muito. Não posso falar pelos outros, mas me dedico 100% ao que faço. Na verdade, eu me orgulho das coisas que não fiz. Quando você fica famoso, você tem a possibilidade de fazer muita coisa com a sua vida. Tem propostas tentadoras, mas você tem que resistir. Não só no parâmetro profissional, no pessoal também. Acho que as escolhas que deixamos de fazer são muito importantes para a carreira.

iG - O que o cinema trouxe para sua carreira?
Cauã Reymond - Muita gente fala: “Ah! O Cauã só pensa em cinema”, mas foi uma coisa natural. Eu recebi bons convites e fiz filmes de que me orgulho muito. E cada filme foi levando a outro. Na época em que recebi bons convites para o teatro, já estava envolvido e comprometido com o mundo do cinema. Só fiz duas peças, em 2006. Tenho vontade de fazer mais teatro.
iG - Pensa em uma carreira internacional?
Cauã Reymond - Já recebi convites do exterior para entrar em algumas agências, mas achei que não estava preparado como ator. Além disso, queria me sedimentar no Brasil. Se eu estivesse em um filme que rompesse a barreira e fizesse sucesso lá fora, eu ficaria muito feliz. Mas, por enquanto, não pretendo ir lá para ficar batendo na porta das agências para conseguir um papel.
iG - Com que você gostaria de trabalhar?
Cauã Reymond – O Tony Ramos. Eu queria fazer um filho, um neto ou alguém próximo do Tony Ramos. Gostaria de ver como ele trabalha, porque ele circula tanto na comédia quanto no drama, e tem credibilidade em todos os núcleos. O Tony consegue ter controle sobre o que está acontecendo e sobre o personagem. Eu tenho grande admiração por ele.
iG - No filme “Estamos Juntos”, de Toni Venturi você interpreta um DJ homossexual. Como foi protagonizar um beijo gay com o ator argentino Nazareno Casero?
Cauã Reymond - Foi na boa. Ele é bem resolvido e eu também. A única diferença é que ele tinha barba (risos). Sempre procuro personagens interessantes. Eu não amarelo para desafio. Acho que isso é coisa de lutador: se tem um obstáculo, bate um friozinho, mas eu encaro de frente. Vou em busca de preenchimento profissional e satisfação pessoal.

iG - Você é um cara avesso à badalações. O sucesso já te iludiu?
Cauã Reymond – Depois que entrei em “Malhação”, passei os quatro primeiros meses deslumbrado. A fama me seduziu um pouco, mas não muito. Ser um cara avesso à badalações é um traço da minha personalidade, não uma estratégia. Eu sempre fui assim. Por ter sido atleta por muitos anos, eu descobri o prazer em outras coisas. Não preciso estar na balada. Eu sou um cara que me envolvo, né? Tem muitos casais que saem juntos, acho que eu e a Grazi somos caseiros mesmo. É uma opção nossa.
iG - Você lê revistas e sites de fofoca?
Cauã Reymond - Eu gosto mais das fofocas internacionais (risos). Acho que é porque já conheço as nacionais e os colegas contam o que está acontecendo. Nas internacionais, confesso que dou uma olhada.
iG - O que você e a Grazi gostam de fazer? Tem algo que as pessoas não imaginam que vocês façam?
Cauã Reymond - Nada diferente de qualquer casal normal. Ficar em casa, ver um filme. O que as pessoas não podem imaginar que a gente faça? Ah! Todo domingo, nós vamos à feira orgânica, comprar sucos, frutas, inhame (risos).
iG - Em entrevista, a Grazi falou que para sair do arroz com feijão, ela sempre procura acrescentar um tempero na relação. E você? Como faz para sair da rotina?
Cauã Reymond - Todo casamento tem que ter isso, né? Eu já fiz bastante surpresas que deram certo. Acho importante manter a relação afetiva surpreendente. Já fiz viagens, dei presentes.

iG - Você se considera romântico?
Cauã Reymond - Quando a gente é mais novo, é mais romântico. Por dentro todo mundo é, mas as ocasiões em que o romantismo vem à tona mudam. Quando estamos mais velhos, essas ocasiões se tornam mais objetivas.
iG - No episódio “A desinibida do Grajaú”, da série “As Cariocas”, Grazi mostrou a sua faceta ousada e sensual. Você é ciumento?
Cauã Reymond - Não. Eu fiquei feliz com o resultado, gostei muito. Ela estava linda. Na verdade, o que é bonito é para se mostrar. Já fui mais ciumento, mas agora não sou mais. Depois de um tempo, não é isso que dita uma relação. Estou bem tranqüilo...
iG - O que você planeja para 2011?
Cauã Reymond - Com certeza vou estar um pouco mais moreno, porque quero pegar um sol (risos). Em janeiro, finalmente, vamos tirar férias em algum lugar bem bacana. Tenho vontade de conhecer a África do Sul, país do Nelson Mandela.
iG - E profissionalmente? É verdade que você fará a próxima novela das 18h da TV Globo, “Pisa na Fulô”?
Cauã Reymond - Está tudo encaminhado para isso. Acho que vai ser bem legal porque a novela tem uma proposta diferente, meio de fábula. E vai ser o meu primeiro protagonista. Deve ser um personagem mais suave, porque é um personagem da novela das 18h. Mas estou pronto para o desafio.

Stela (Maitê Proença) não se conforma com a atitude de Agnello (Daniel de Oliveira) dedesmentir a confissão dela, entregando as imagens da câmera de segurança de seu prédio que comprovam que a viúva não estava no motel onde Saulo (Werner Schünemann) foi assassinado.
Ela chama Agnello para esclarecer tudo, mas Danilo (Cauã Reymond) escuta a conversa e aparece na sala para questionar a mãe e o filho de Totó (Tony Ramos). Stela manda o italiano ir embora, mas ele fica e dispara: “Io non vou sair agora! Nem vou falar para o promotor que as imagens que mostrei eram falsas. Perche non son! Você non entende Stela?! Io sto fazendo isto por amor a você, por amor!”

Danilo fica ainda mais confuso e Stela resolve abrir o jogo com o filho, contando tudo sobre seu relacionamento com Agnello e admitindo que assumiu a morte de Saulo, pois temia a prisãodo filho.
Danilo se revolta, diz que isso não vai ficar assim e sai de casa sem dizer para onde: “Você não podia ter feito isso, mãe! Eu tenho certeza de que fui eu sim, que matei o meu pai! Não vou deixar você levar a culpa de um crime que eu sou culpado! Não vou deixar, não vou!”
Stela e Lorena vão atrás de Danilo e a cena você confere nesta próxima quinta-feira, 23/12.











O ensaio, num estúdio no Rio, mostra Cauã com um visual que em nada lembra o seu personagem na novela das 21h da Globo. Reparem no topete. Quanta diferença.

De óculos, gorro e muitos acessórios nas fotos de Pedro Garrido

Delicado mesmo! O Brasil é hoje, segundo pesquisa da ONU, o maior mercado de crack da América Latina e os índices não param subir. “Uma das coisas que eu andei observando, a droga é a parte final. Você tem que observar em você o que te faz querer a droga. As vezes, ela é a saída fácil”, alertou o ator.
Durante a entrevista, foi exibido também o depoimento de Carlos dos Santos, ex-drogrado, que se recuperou e hoje conseguiu reestruturar a sua vida.





















