Direção criativa adriano damas (damas desing) STYLING ALÊ DUPRAT (ABÁMGT) PRODUÇÃO DE MODA MELINA LINS MAKE-HAIR ALÊ DE SOUZA (OFFICE COMM) ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA FELIPE RODRIGUES Fonte: Isto É Gente
Agosto de 2008: Cauã Reymond dá uma entrevista para a edição de aniversário de Gente, na qual ele foi escolhido o homem mais sexy daquele ano. Com um sorriso doce, quase tímido, fala da namorada, a atriz Grazi Massafera. Conta que os dois moram em casas separadas, mas dormem juntos todas as noites. Revela que é para ela, que escreve poesias e diz que com Grazi se casaria e teria filhos.
Fala dos hábitos simples do casal como andar de bicicleta pela orla carioca e comer chocolate. Mas, naquele momento, sua energia está voltada para o filme Se Nada Mais Der Certo, que acabara de rodar. Chega a interromper o bate-papo para mostrar no laptop, orgulhoso, o trailer do longa de José Eduardo Belmonte, protagonizado e coproduzido por ele. A excitação do ator com o novo trabalho não era descabida e sim uma de intuição que tudo daria certo.
''Teve uma epóca em que eu achei que não seria ator premiado. Por insegurança, juventude, falta de autoestima. Não sabia se meu trabalho era bom ou ruim''
Quatro cachorros - três da raça golden retriever e uma pug - agitam o novo lar do casal, que ganhou uma coleção de troféus. por causa do papel do jornalista fracassado léo, que se envereda para o crime, Cauã adicionou à estante três prêmios de melhor ator de cinema entregues nos festivais de Miami, de los Angeles e do Ceará. sem falar em todos os outros troféus que o longa abocanhou. "É um projeto que abracei completamente. não ficava só preocupado com a minha premiação. no Festival do Rio, a gente ganhou como melhor filme, o Zé (Belmonte) levou melhor roteiro, a Carol (Caroline Abras), melhor atriz.
Quando eu ganhava, pensava: pô, isso é um extra." entre tantas homenagens, Cauã revela que o maior de todos os prêmios que recebeu foi o primeiro, no final do ano passado, dado pelo jornal carioca Extra por sua interpretação na novela A Favorita como Halley. Foi o que o deixou mais emocionado. "teve uma epóca em que eu achei que seria um ator que nunca fosse ganhar um prêmio. por insegurança, juventude, falta de autoestima. não sabia se meu trabalho era bom ou ruim. eu não tinha ainda critério sobre a minha forma de atuar, mas sabia que muita gente gostava e, por isso, eu continuava trabalhando", diz o ex-modelo e bicampeão brasileiro de jiu-jítsu de 29 anos de idade, nove dos quais dedicados à atuação.
Apesar de todos os troféus e o elogio público do ator selton Mello a ele, no programa de Marília gabriela, que o deixou "muito feliz", faltava mais um aval para Cauã acreditar que seu primeiro protagonista nas telonas realmente tinha dado certo: a temida crítica impressa. Um dia antes do filme estrear em circuito nacional, o ator, nervoso, acordou mais cedo do que o costume e correu para a porta de casa para buscar O Globo.
Lembrou-se que ainda era quinta-feira e a resenha só sairia no dia seguinte. Às 7h da sexta-feira, ele já estava "fritando" na cama e às 8h comemorava com o jornal na mão a boa repercussão. Dividiu a emoção com Grazi até às 10h, quando finalmente ligou para José Eduardo Belmonte para dar a notícia. "Aí relaxei, me senti com o dever cumprido e por alguns dias tive a sensação de férias."
Cauã, sobre dividir o set com Vincent Cassel
sobre recente notícia de que ele e Grazi se casariam no mesmo castelo em que Deborah Secco se casou em Itaipava (RJ)
Não interessa se vai ser visto por um milhão de pessoas ou não, eu quero poder fazer parte daquele grupo." Viagens para divulgar as produções e participar de festivais no Brasil, Estados Unidos e França ocuparam a agenda do ator. Mas depois de Cannes, onde foi representar o longa À Deriva, de Heitor Dhalia, ele conseguiu um dia e meio de relax na Côte D'Azur com Grazi. Descanso curto, mas merecido, após a emoção de atravessar com a namorada o tapete vermelho do mais importante festival de cinema do mundo.
"Estava toda a equipe abraçada no tapete vermelho e eu achava que a gente não iria aparecer nas fotos porque só estavam fotografando e gritando pelo Vincent Cassel. Dentro daquele universo, eu não represento muito. Então, quebrei o protocolo, saí e fui buscar a Grazi. Não iria deixar a minha mulher entrar sozinha." Aquele lindo casal chamou a atenção dos fotógrafos e suas imagens estavam em todas as agências internacionais de fotos. Mas sempre em movimento, Cauã e Grazi não pararam em frente às câmeras. "Pediram para a gente parar e posar, mas fiquei com medo de parecer que eu queria parecer, e disse: vamos andar, amor", diverte-se o ator.
Além da grandiosa experiêcia em Cannes, À Deriva também deu a Cauã a oportunidade de conhecer o ator francês Vincent Cassel durante as gravações em Búzios (RJ). "É legal trabalhar com quem você admira e depois estar ali do seu lado pegando onda. Surfamos juntos várias vezes. Ele fala português, é supercarismático, ótimo ator. Eu e a Grazi tínhamos acabado de ver Eastern Promises (Senhores do Crime), e ficamos apaixonados pelo trabalho dele." Mas é com o ator espanhol Javier Bardem que Cauã sonha mesmo em contracenar.
Quem sabe um dia ele não faz como Cassel e vem filmar no Brasil? Apesar do inglês fluente que adquiriu quando morou em Nova York, na época em que ainda lutava jiu-jítsu e estudava dramaturgia, a prioridade, hoje, de Cauã é estabelecer sua carreira no País antes de alçar voos internacionais. "Hoje em dia posso receber convites de pessoas com quem eu sempre tive vontade de trabalhar no Brasil. Por que eu sairia daqui agora? " Os convites não cessam.
Em setembro, o ator volta aos sets de filmagem. Para conseguir manter os pés bem fincados no chão diante de tanto sucesso, Cauã é adepto de sessões de análise, que voltou a fazer recentemente. "O processo da análise é verborrágico e ajuda a me encontar no meio do caos", diz. Enquanto isso, adia mais um pouco as férias com Grazi, que logo começa a se dedicar à novela Bom Dia, Frankenstein. Juntos há quase três anos, ele diz que não faz planos de oficiliazar a união e diverte-se com uma notícia publicada de que a cerimônia estaria marcada num castelo em Itaipava (RJ), o mesmo onde Deborah Secco se casou em maio.
''Pediram para a gente parar e posar, mas fiquei com medo de querer aparecer, e disse para a Grazi: vamos andar, amor''
Cauã, sobre o sucesso no tapete vermelho, em Cannes
Cauã Reymond colhe elogios e prêmios por sua atuação no cinema em Se Nada Mais Der Certo, e diz que, se decidisse casar oficialmente com Grazi Massafera, com quem divide há três meses um lar com quatro cachorros, faria uma cerimônia no estilo de O Poderoso Chefão
Terno risca de giz Ermenegildo Zegna para Alberto Gentleman, camisa de tricoline branca Empório Armani e cinto de couro VR
18 de Agosto de 2009, terça-feira: um ano depois, voltamos a nos encontrar. tudo deu certo para Cauã. ele e grazi compraram uma casa no itanhangá, no Rio, para morar juntos e continuam com os mesmos hábitos simples. As pedaladas, no entanto, são menos frequentes; o casal tem preferido ir à praia da Macumba. ele, para surfar; ela, para assisti-lo deslizar sobre as ondas e colocar a leitura e o bronzeado em dia. os dois também têm novas companhias.
''É legal trabalhar com quem você admira e depois estar ali do seu lado pegando onda. Surfamos juntos várias vezes. Ele fala português, é supercarismático, ótimo ator''
Terno preto Reserva e cinto FREDY PERRY para Avec Nuance
Camisa de smoking Diesel, cinto FREDY PERRY para Avec Nuance e calça de alfaiataria Eduardo Guinle
''Essa história de castelo é uma fantasia. Se eu fosse fazer um casamento, gostaria de fazer à la O Poderoso Chefão, algo bem para cima. Mas eu me considero casado''
Férias de verdade, como ele planejava com a namorada assim que os dois acabassem suas respectivas novelas, ainda não aconteceram este ano. Numa sexta-feira despediu-se do Halley de A Favorita e às 5h do domingo dedicava-se ao novo filme de Jorge Durán, Não Se Pode Viver Sem Amor. Logo em seguida, após um encontro com Selton Mello num voo, surgiu a oportunidade de fazer parte do elenco do filme Reis e Ratos, de Mauro Lima. "Eu tenho um lema, se o projeto é bom, estou dentro.
"Essa história de castelo é uma fantasia. Se eu fosse fazer um casamento, gostaria de fazer à la O Poderoso Chefão, algo bem para cima. Mas eu me considero casado, temos uma relação de respeito", diz ele, antes de tomar a canja que estava esfriando em cima da cama do apartamento 1.109 de um hotel próximo à Avenida Paulista, em São Paulo. Incansável, naquela noite ele participaria de um debate ao lado do cineasta Fernando Meirelles.
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