Uma das celebridades mais assediadas do Festival de Cinema de Gramado, Cauã Reymond, era um dos protagonistas do filme Não se Pode Viver sem Amor, do chileno radicano no Brasil, Jorge Durán. Após a exibição, os comentários sobre o filme foram os mais diversos. Desde discussões sobre os significados de cenas e atitudes dos personagens até a aprovação/desaprovação do longa.

Cauã Reymond e Fabíula Nascimento em cena de Não se Pode Viver sem Amor. Foto: divulgação.

Na coletiva de imprensa, realizada hoje ao meio dia (sem a presença dos principais atores, Simone Spoladore, Ângelo Antonio e Cauã), Jorge rebateu as críticas com relação ao roteiro da produção:

- Eu não queria fazer um roteiro completamente realista. Essa história foi escolhida com bastante cuidado, tem 10 anos de muito trabalho. Mas é um roteiro clássico: são cinco histórias com início, meio e fim.

Sobre as referências que seu filme possa ter com outras obras clássicas, Jorge disse que pode ser que existe essa relação, mas é inconsciente. Como bons cineastas, ele citou o italiano Antonioni (de Blowup) e o brasileiro Cláudio Assis (de Amarelo Manga e Baixio das Bestas).

Como, logo no começo de Não se Pode Viver sem Amor já se percebe que algo de sobrenatural envolve a narrativa, Jorge explicou:
- Não sou religioso, mas sou supersticioso. Aqui é uma cultura muito diferente do Chile. Fui no terreiro de Umbanda e fiquei tão mexido que saí. São mistérios que me atraem – comentou ele ao revelar que os “milagres” que acontecem no filme ainda eram dúvidas no começo.

Quieto até então, o ator mirim Victor Navega Motta, que interpretou Gabriel no filme, foi parabenizado por seu ótimo desempenho na produção e alegrou o final da coletiva falando um pouco sobre sua vida, com um sotaque tipicamente carioca.
- Eu nasci no Rio, tenho 12 anos, e fui acompanhar o teste de um amigo meu pro filme. Meu pai disse para eu participar, daí eu fui e depois me ligaram dizendo que eu tinha passado para a segunda fase.

Sendo este seu primeiro filme, Vitor falou de uma experiência totalmente nova para ele.
- Foi muito bom fazer o personagem. Eu conheci coisas novas. Fui pro Centro da cidade! Eu ficava muito trancado dentro de casa. Foi muito bom contracenar com o Cauã, a Simone, o Ângelo e a Fabíula (Nascimento). E o bom do filme é que teve uma calma. Ele é calmo, o Durán, né? – disse Vitor, arrancando risos dos jornalistas.

Marcadores: